Como já era esperado, Valentino Rossi vai
deixar a Ducati e voltar à Yamaha. Welcome Baby é a frase do regresso à moto
que amava.
Os tempos têm sido negros na Ducati e penso
que a última queda em Laguna Seca foram a gota de àgua para a decisão de deixar
a marca Italiana. A moto pouco evoluiu desde o ínicio do ano, com muito poucas
novidades, talvez em virtude de alguma paragem nos gastos em virtude do
processo de aquisição da marca por parte da Audi. Certo é que apenas um braço
oscilante em alumínio e poucas alterações ao nível da electrónica e compactação
de massas surgiram até ao momento. Desde o ínicio do ano que foi visível que o
casamento não ia bem e sem melhorias, o desfecho não poderia ter sido outro.
A Ducati ainda tudo tentou para segurar
Rossi, mas já tarde demais. O que devia ter feito isso sim, era ter apresentado
novidades válidas para Vale continuar a acreditar no projecto. O grande
problema foi esse mesmo. Rossi deixou de acreditar no projecto e sem as
novidades que tantas vezes pediu, incrementadas pela nega do pai da actual
Yamaha M1, Furusawa, de quem The Doctor é grande amigo, em passar para a
Ducati, o inevitável aconteceu. Certamente pesou ainda o facto de Rossi não
dispor de muito tempo. Restam-lhe duas ou poucas mais temporadas ao mais alto nível
e isso impossibilita que ficasse à espera que a Ducati se tornasse competitiva
com a ajuda da Audi.
Pessoalmente acho que tomou a decisão certa,
já admitiu que foi incapaz de tornar a Ducati uma moto vencedora e para bem do
desporto volta à sua querida Yamaha. A marca dos três diapasões fica novamente
com uma equipa de luxo e a mais forte para os dois próximos anos.
Lorenzo é o número 1 na Yamaha, mas a relação
entre ambos os pilotos está bem melhor. Lorenzo tem sido dos poucos que sempre
respeitou Valentino neste mau período, ao contrario de muitos outros, entre
ele, Stoner, sempre muito rancoroso com o Italiano.
Mas não se pense que vai ser fácil para Rossi
voltar a ganhar. Acredito que voltará a ganhar corridas, mas o campeonato é uma
história diferente. Vem do seu pior período da sua carreira e vai bater-se com
o piloto mais forte e completo do momento, Lorenzo que conta com toda a sua
carreira em MotoGP aos comandos da Yamaha.
É bom para o desporto e o ideal era Stoner
voltar à Ducati, mas isso não vai acontecer. Para substituir o nove vezes campeão
do mundo na Ducati, Dovizioso é o piloto apontado e parece-me a jogada mais
acertada. Igualmente acertada é a ideia de criar uma equipa “júnior” com
Ianonne , Redding ou Petrucini.
Nisto tudo, uma coisa me deixou perplexo, o
facto de a Honda deixar fugir Rossi. Inacreditável que deixe a Yamaha novamente com uma dupla que
simplesmente dominou nos anos em que estiveram juntos e voltam a deixar a
equipa voltar, apresentando eles Pedrosa e Marquez como solução. Não tiro
qualquer mérito aos dois piloto Espanhóis, mas Pedrosa tarda em mostrar-se à
altura de ser campeão e Marquez, embora o ache um autêntico fenómeno, digo
mesmo até o piloto mais talentoso dos último tempos, mas vamos ver como se
adapta às MotoGP. Este deixar escapar Rossi, é um erro que julgo gigante por
parte da Honda. O orgulho falou mais alto e muito deve ter contribuído a mão de
Livio Suppo que não gosta de Rossi. Disse inclusive que lhe podia arranjar uma
moto para fazer o Dakar. Talvez venha a engolir as suas palavras. Nakamoto
ainda tentou desesperadamente namorar Rossi, oferecendo-lhe uma moto oficial,
mas numa equipa satélite, mas foi tarde demais.
Bem, mas Rossi na Yamaha é só para o ano e
ainda temos meia temporada para percorrer. Existe ainda pilotos que não se sabe
onde vão estar ou se vão estar em 2013, mas a transferência que condicionava
todos os outros lugares está concluída.
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