Le Mans como sempre, teve o tempo como grande protagonista.
Os treinos foram secos, mas na corrida a chuva esteve presente. Este era um
circuito que novamente favorecia as Yamahas. Era, por que mais uma vez as
Hondas estiveram imparáveis. E pior que isso, os pilotos da Yamaha oficial
tiveram um dia para esquecer.
A corrida foi bastante emotiva, com Dovizioso a liderar com
a Ducati, como sempre muito competitiva à chuva. Mas assim que a pista começou
a secar perto do final, a Ducati perdeu a rapidez e Dovi acabou no quarto
lugar.
Mas o mais importante e grande vencedor foram as Hondas e
Pedrosa. Dani efectuou uma grande corrida, está na liderança do campeonato e
parece ter entrado no modo vencer. Cometeu alguns erros durante a corrida, mas
a Honda deu para recuperar e vencer a corrida.
Uma vitória que vem demonstrar a superioridade das Hondas e
o grande momento de forma que Pedrosa está. Este pode bem ser o ano em que Dani
se sagra campeão do mundo.
Em segundo lugar e quase heroicamente, ficou Cal Crutchlow.
Impressionante ver o Britânico cair com violência no Sábado, deitado no chão a
deitar sangue pelo nariz, com uma pequena fractura na perna junto ao joelho e
fazer uma corrida como a que fez, obtendo um mais que merecido segundo lugar.
Merecia realmente mais apoio por parte da Yamaha.
Em terceiro e autor de uma remota fabulosa, ficou o piloto
do “outro mundo” Marquez. A sua primeira corrida à chuva em MotoGP, foi
simplesmente fantástica. A velocidade com que o Espanhol aprende é
inacreditável. Caiu vários lugares nas primeiras voltas, mas de repente
aprendeu como conduzir a sua Honda à chuva e ligou o turbo, passando toda a
gente até acabar no pódio. Muitos sustos e alguns malabarismos pelo meio, mas
lá chegou ao fim. Mais um pódio, aliás acabou sempre no pódio. Não parece mesmo
deste planeta o miúdo.
Quarto foi Dovizioso, muito bem com a Ducati, mas com a
pista a secar era impossível fazer melhor. Foi seguido por o seu companheiro
Hayden, num circuito que o Americano não se dá muito bem, mas desta vez até lhe
correu bem.
Mas o mais importante para a marca, no meu entender, são as
declarações de Pirro, que substituiu Spies e a correr com a moto do Americano,
foi oitavo, mas veio dizer que esta moto é muito mais difícil de conduzir que a
moto laboratório. Dá a entender que pelo menos estão no bom caminho, embora já
se saiba que o caminho é longo, bastante longo.
Bautista continua a fazer actuações honestas e mais uma vez
levou a moto até ao fim, mas continua a não impressionar.
Em sétimo surge o grande perdedor de Le Mans. Jorge Lorenzo
e a Yamaha foram de facto os grandes perdedores. A corrida de Lorenzo, foi
completamente estranha. Não partiu mal, mas andou para trás durante toda a
corrida, completamente fora do ritmo. Veio culpar os pneus, mas a Bridgestone
desmentiu qualquer problema. Seja o que for, dá-me a entender que Lorenzo não está
igualmente a arriscar mais que a conta. De qualquer maneira, julgo que deve
estar preocupado, bastante preocupado e tem já a noção que o título vai ser
muito mais complicado do que estava à espera.
Outro que teve um fim-de-semana para esquecer foi Valentino
Rossi. Muito rápido à chuva e a lutar pelos lugares do pódio, caiu e perdeu
como bem disse uma grande oportunidade de subir ao pódio e amealhar bons
pontos. Continua a falhar as qualificações, parte muito atrás, nesta corrida
recuperou bem. Apesar de problemas com o capacete, que acontece normalmente aos
pilotos de MotoGP e Bradl foi outro que padeceu do mesmo problema. Mas caiu e estragou a pintura. Foi de facto um
grande balde de água fria e parece que perdeu um pouco o norte depois do Qatar.
Dá a sensação que não está a andar ao máximo. Diz que ainda não está totalmente
confiante com a sua moto, mas mostra é que a moto deste ano, está abaixo das
Hondas e certamente está preocupado.
A Yamaha tem de urgentemente fazer alguma coisa, a nova
caixa de velocidades e conseguir que a sua moto não gaste tanto pneus como
gasta. Senão vai apenas ser um espectador das vitórias da Honda. Para já, após
a surpresa do Qatar, estão a ser cilindrados pelas Hondas de Pedrosa e Marquez.
Mugelo é a pista que se segue, mas as Hondas estão em muito
melhor posição e os pilotos da Yamaha chegam ai com uma grande pressão. Ambos
são muito bons nessa pista, especialmente Rossi que corre em casa e caso volte
a falhar, julgo que deixa de ser um candidato ao titulo. Entretanto espero que
na Yamaha se trabalhe, muito e bem…
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