segunda-feira, 2 de maio de 2011
Teste Estoril: Simoncelli como um foguete
Marco Simoncelli foi o mais e bastante rápido nos treinos de segunda-feira que decorreram sob boas condições climatéricas. O Italiano esteve impressionante durante o fim-de-semana, tirando um erro ao fim de quatro curvas, que lhe acabaria com a corrida. Acho que a esta altura ninguém dúvida da rapidez de Simoncelli e do seu talento, mas a sua eficácia em corrida continua longe do desejável. Marco ficou ainda mais irritado com o seu erro, depois de ter sido o mais rápido nos treinos. Testou uma nova embraiagem e melhorou o comportamento da suspensão da frente, que ajuda a estabilidade da moto totalmente inclinada durante os ressaltos das pistas.
Lorenzo teve alguns problemas com a travagem durante o fim-de-semana, parece que no final da recta, Jorge estava a travar 40 metros mais cedo do que o ano passado. No teste, a sua equipa voltou a algum set-up de 2010 e deu logo bons resultados. O piloto foi capaz de melhorar bastante a entrada em curva e manter uma boa velocidade em curva. Isso traduziu-se na tabela de tempos.
No campo das Hondas oficiais está provado que a máquina deste ano é rápida e uma boa moto. Mesmo assim os pilotos querem sempre melhorar alguma coisa e os pilotos experimentaram algumas embraiagens e forquilhas da frente.
Dovizioso afirmou que a moto está perto de estar Ok e que apenas necessitam de melhorar a estabilidade. Ora isto quer dizer que a moto está perto da perfeição.
Stoner gostou das novas suspensões, que conseguiu anular as vibrações, e depois de alguns problemas com as costas de Stoner, conseguiu obter uma boa marca.
Pedrosa, depois da fabulosa corrida de Domingo, infelizmente não foi capaz de aproveitar todo o dia de testes, já que tinha a sua clavícula muito dorida e fraca. Assim aproveitou por dar o trabalho por terminado no fim da manhã e aproveitar os dias de descanso que agora tem.
Crutchlow obteve um excelente quarto registo e esteve igualmente bem na corrida. Para quem não conhecia a pista e está no seu primeiro ano de MotoGP. O piloto usou um set-up diferente e colheu bons frutos. Uma coisa é certa, a equipa está no caminho certo e talvez Crutchlow esteja mais perto dos primeiros mais cedo do que o esperado.
O guru da Ducati, Filippo Preziosi, preparou para Rossi e Hayden, um novo chassi, motor e electrónica. Este pacote mostrou sérios melhoramentos.
A atenção dos pilotos da Ducati centrou-se no chassis, que é mais pequeno, mas continua a ser em carbono. Pelos vistos, este chassis consegue transmitir aos pilotos melhor o que está a suceder com a roda dianteira.
Para Rossi o mais importante melhoramento foi o facto de a Ducati reagir a mudanças de set-up, coisa que até agora não acontecia, e surpreendia negativamente Rossi e Burgess. Claro que esta falta de mudança de comportamento com a alteração do set-up, tem condicionado sobremaneira o trabalho e a rapidez. Isto foi coisa que Stoner e Hayden se queixavam anteriormente. Encontrar o set-up certo era achar uma agulha no palheiro e as alterações tinham resultados surpresos.
Assim penso que o facto de a moto responder previsivelmente a alterações de set-up vai tornar o futuro da Ducati mais fácil e é de facto um grande passo no caminho certo, como Rossi afirmou. Se o ombro está a caminhar para estar a 100%, a Ducati com este melhoramento não perdeu terreno para as outras marcas que deram outro passo em frente nestes treinos.
O novo motor da Ducati foi outro passo no melhor caminho. Está mais controlável e suave. Mais de acordo com o gosto de Rossi. Mas em relação ao novo motor pode haver um problema. Com a questão de as marcas apenas poderem utilizar seis motores por época, a Ducati não pode introduzir o novo motor quando lhe apetecer. Tudo tem a ver com o número de motores utilizados e a quilometragem que estes têm.
O novo chassi deve surgir já em Le Mans e a nova electrónica também, já que uma nova electrónica esteve presente no Estoril.
A Ducati afirmou que isto tudo, apenas foi um pequeno passo. Mas um pequeno passo na direcção certa. O correcto caminho para o desenvolvimento parece ter sido encontrado e muitos mais desenvolvimentos vão surgir.
Estive no Estoril e é notório o nervosismo da Ducati em relação às outras marcas. Especialmente à saída das curvas. A Yamaha é mais suave, não mexe nada, muito fluida, tal como a Honda, mas a Yamaha ainda parece mais suave que a Honda. Do lado oposto temos a Ducati que “mexia-se” muito, dando a sensação de a moto ser mais alta, com a traseira a bambolear em aceleração e a electrónica a cortar potência para corrigir a instabilidade. Vamos ver.
Numa coisa todos os pilotos estiveram de acordo: Os novos pneus da Bridgestone para 2012 são de facto melhores e todos gostariam de os terem disponíveis já este ano. Chegam à temperatura correcta muito mais rápido e dão melhor “leitura”. Contudo não parece ser possível eles surgirem este ano.
Aqui fica a tabela dos tempos
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