domingo, 6 de novembro de 2011

Gp Valência - MotoGP - Corrida: Stoner por centímetros

O campeonato do mundo de 2012 acabou e de maneira bastante emotiva. Marco Simoncelli foi recordado com um grande carinho e uma grande parada de todas as motos deram uma volta ao circuito de Valência, liderada por Kevin Schwantz aos comandos da Honda de Sic. Depois um festival de fogo de artificio foi lançado em homenagem a SuperSic. Todos concordaram que esta "barulhenta" homenagem foi a maneira correcta de lembrar Marco e que esta seria certamente a maneira de como ele gostaria de ser recordado. E todos sem exepção ostentavam o #58 nos fatos e motos e capacetes.

Mas não foi apenas o mundial de 2012 que acabou. A era das MotoGP de 800cc finalizou e as 125cc a dois tempo não se vão voltar a ouvir. Para quem igualmente acabou, foi para Loris Capirossi. Outro grande piloto, que certamente vamos sentir falta. Pelo menos pela minha parte, já que simpatizo bastante com o piloto e principalmente com a sua postura e conduta humana. Um verdadeiro senhor que arruma o capacete, mas que teve a honra de rodar com o número 58 de Marco Simoncelli na sua mota, na sua última corrida, depois de 22 temporadas. É obra!

A corrida parecia uma reedição do que foi este ano. Stoner foi embora ao sinal verde, mas cá para trás as coisas andaram animadas como poucas vezes se viram este ano. A pelo terceiro lugar no campeonato entre Pedrosa e Dovizioso, com Spies à mistura foi intensa, tal como a luta pelo lugar de rookie do ano, entre Crutchlow e Abraham.
Dovizioso e Pedrosa andaram "pegados" quase sempre, com Dovizioso a fazer a corrida de sua vida, com uma agressividade como nunca o tinha visto. Era outro piloto e que pena só agora no final tenhamos visto o melhor de Dovi. espero que conserve este estilo para o ano, aos comandos da Yamaha. Pedrosa desistiu da luta, quando a cerca de 5 voltas para o final começou a chover um pouco mais. Acho que jogou pelo seguro e de maneira nenhuma queria arriscar mais uma lesão.
Entre Abraham e Carl, as coisas apenas arrefeceram quando o piloto Checo cometeu um erro e teve um pequena queda.


Com a chuva a cair com mais intensidade a cerca de 5 voltas, o avanço de Stoner caiu de 10 segundos para cerca de dois. Spies já vinha no segundo posto, depois de uma corrida fabulosa. Quase parecia que para ele não estava a chover. Aproveitou da melhor maneira um erro de Stoner e assumiu a liderança. Mas quando tudo parecia indiciar a sua segunda vitória da época, Stoner apertou o ritmo na última volta e como uma bala à saida da última curva, acabou na frente do Americano por centimetros. Acho que foi a Honda que ganhou a Spies e não Stoner.
O desalento estava estampado no rosto de Spies, mas fez uma corrida magnifica e merecia a vitória.

Falando em desalento, a corrida ficou marcada por uma queda colectiva na primeira curva. Bautista tocou a roda de trás de Dovizioso, caindo e a partira dai tudo o que estava no seu caminho foi colhido. A primeira vitima foi Rossi, depois Hayden e Puniet. Rossi nem queria acreditar e quando parece que nada podia correr pior, ainda o pior aconteceu. Valentino estava confiante que nas condições escorregadias poderia fazer uma boa corrida e homenagiar o seu grande amigo Simoncelli. Mas não teve hipoteses. Foi um acidente de corrida, mais um, num ano "horribilis" para o 9 vezes campeão do mundo.


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