quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Rossi na Yamaha por dois anos: Welcome Baby


Como já era esperado, Valentino Rossi vai deixar a Ducati e voltar à Yamaha. Welcome Baby é a frase do regresso à moto que amava.

Os tempos têm sido negros na Ducati e penso que a última queda em Laguna Seca foram a gota de àgua para a decisão de deixar a marca Italiana. A moto pouco evoluiu desde o ínicio do ano, com muito poucas novidades, talvez em virtude de alguma paragem nos gastos em virtude do processo de aquisição da marca por parte da Audi. Certo é que apenas um braço oscilante em alumínio e poucas alterações ao nível da electrónica e compactação de massas surgiram até ao momento. Desde o ínicio do ano que foi visível que o casamento não ia bem e sem melhorias, o desfecho não poderia ter sido outro.
A Ducati ainda tudo tentou para segurar Rossi, mas já tarde demais. O que devia ter feito isso sim, era ter apresentado novidades válidas para Vale continuar a acreditar no projecto. O grande problema foi esse mesmo. Rossi deixou de acreditar no projecto e sem as novidades que tantas vezes pediu, incrementadas pela nega do pai da actual Yamaha M1, Furusawa, de quem The Doctor é grande amigo, em passar para a Ducati, o inevitável aconteceu. Certamente pesou ainda o facto de Rossi não dispor de muito tempo. Restam-lhe duas ou poucas mais temporadas ao mais alto nível e isso impossibilita que ficasse à espera que a Ducati se tornasse competitiva com a ajuda da Audi.

Pessoalmente acho que tomou a decisão certa, já admitiu que foi incapaz de tornar a Ducati uma moto vencedora e para bem do desporto volta à sua querida Yamaha. A marca dos três diapasões fica novamente com uma equipa de luxo e a mais forte para os dois próximos anos.
Lorenzo é o número 1 na Yamaha, mas a relação entre ambos os pilotos está bem melhor. Lorenzo tem sido dos poucos que sempre respeitou Valentino neste mau período, ao contrario de muitos outros, entre ele, Stoner, sempre muito rancoroso com o Italiano.
Mas não se pense que vai ser fácil para Rossi voltar a ganhar. Acredito que voltará a ganhar corridas, mas o campeonato é uma história diferente. Vem do seu pior período da sua carreira e vai bater-se com o piloto mais forte e completo do momento, Lorenzo que conta com toda a sua carreira em MotoGP aos comandos da Yamaha.

É bom para o desporto e o ideal era Stoner voltar à Ducati, mas isso não vai acontecer. Para substituir o nove vezes campeão do mundo na Ducati, Dovizioso é o piloto apontado e parece-me a jogada mais acertada. Igualmente acertada é a ideia de criar uma equipa “júnior” com Ianonne , Redding ou Petrucini.

Nisto tudo, uma coisa me deixou perplexo, o facto de a Honda deixar fugir Rossi. Inacreditável que deixe a Yamaha  novamente com uma dupla que simplesmente dominou nos anos em que estiveram juntos e voltam a deixar a equipa voltar, apresentando eles Pedrosa e Marquez como solução. Não tiro qualquer mérito aos dois piloto Espanhóis, mas Pedrosa tarda em mostrar-se à altura de ser campeão e Marquez, embora o ache um autêntico fenómeno, digo mesmo até o piloto mais talentoso dos último tempos, mas vamos ver como se adapta às MotoGP. Este deixar escapar Rossi, é um erro que julgo gigante por parte da Honda. O orgulho falou mais alto e muito deve ter contribuído a mão de Livio Suppo que não gosta de Rossi. Disse inclusive que lhe podia arranjar uma moto para fazer o Dakar. Talvez venha a engolir as suas palavras. Nakamoto ainda tentou desesperadamente namorar Rossi, oferecendo-lhe uma moto oficial, mas numa equipa satélite, mas foi tarde demais.

Bem, mas Rossi na Yamaha é só para o ano e ainda temos meia temporada para percorrer. Existe ainda pilotos que não se sabe onde vão estar ou se vão estar em 2013, mas a transferência que condicionava todos os outros lugares está concluída.

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