segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Gp da Malásia: Mais uma para Pedrosa enquanto bandeira vermelha salva Lorenzo





O Gp da Malásia foi palco de mais uma vitória clara de Pedrosa e uma cópia das últimas corridas. Lorenzo lidera as voltas iniciais e leva com o ele Pedrosa, que espera ate cerca de metade da corrida, ultrapassa Jorge e vai embora. Lorenzo mais não tem feito do que ver Dani ganhar corridas atrás de corridas e não me venham dizer que está a jogar à defesa. Pode não estar a arriscar tudo, mas neste momento tem a consciência que não tem ritmo para acompanhar Pedrosa. E apesar de ainda ter 23 pontos de vantagem, neste momento Pedrosa é o piloto mais forte e está imparável. Esta foi a sua primeira vitória de sempre à chuva. Dani tem vindo a limar os seus pontos fracos e agora ultrapassou o de correr à chuva. Isto tudo apesar de ter uma uma que tem sofrido de chatter. Se para o ano, a Honda resolve este problema, muito cuidado com o pequeno Espanhol. Mas isso é para o ano. Este ano, o campeonato ainda tem mais duas corridas. Aqui na Malásia, Jorge Lorenzo teve uma sorte enorme. Primeiro, por pouco não caiu e depois a corrida foi interrompida quando Casey se preparava para o ultrapassar. Manteve assim uma boa margem, e como acho que Stoner deve ganhar na Austrália, Pedrosa tem de ser pelo menos 2º e Lorenzo tem de se manter no pódio, continua a dar uns bons pontos de vantagem a Lorenzo para a última ronda. Isto se não acontecer nenhuma surpresa.
Stoner, esteve para não alinhar, não esteva confiante e sobretudo não queria arriscar uma queda e comprometer a coisa que mais quer neste momento: vencer em Phillip Island. E da maneira que o piloto domina ali, não deve estar longe de o fazer, mesmo que não esteja a 100% fisicamente. Penso que a única ameaça poderá vir de Pedrosa que está muito motivado e focado em ganhar corridas.
Hayden, foi quarto e não está ainda totalmente recuperado do seu pulso e mão, mas teve aqui uma corrida decente. Ficou na frente de Rossi, que saiu de 11º, mas teve uma grande partida, recuperando vários lugares. Problemas mais uma vez com o novo capacete, que teima em embaciar à chuva, levaram-no a cometer um erro e perder o quarto lugar. De qualquer maneira não tinha andamento para acompanhar Stoner. A Ducati continua a ser muito melhor à chuva que em seco, mas mesmo assim está longe, muito longe da vitória.
Bautista segurou o sexto lugar e depois do pódio do último Gp, com problemas de travões, não é um mau lugar. Continua em luta pelo quinto posto do campeonato e já segurou o seu lugar na equipa para o ano.
O sétimo lugar calhou a Barbera, que para o ano vai correr nas CRT. E o primeiro das CRT voltou a ser Espargaro que com a queda de DePuniet, é cada vez mais o melhor entre esta categoria.
Muito bem James Ellison, com o nono lugar, na frente inclusive de uma motogp, a de Abraham, que vai igualmente correr nas CRT para o ano. Um ano para esquecer com a Ducati e é com a Ducati que o piloto não quer estar de novo. Uma total falta de confiança na moto Italiana. Mais um!
Um mar de quedas aconteceram durante a corrida. A maior parte deles, pilotos Yamaha. Spies caiu e desiludiu mais uma vez, ficando bastante magoado num ombro, mas não partiu nada e vai alinhar na Austrália. Dovizioso também caiu, voltou à pista e ainda terminou em 13º. O piloto diz que tinha boas condições de lutar pela vitória no seco, mas à chuva mais uma vez fez tudo mal. Efectuou uma partida horrível e depois caiu quando tentava não ficar muito para trás. Outro que caiu foi Crutchlow, num fim-de-semana onde nunca esteve à vontade, a chuva acabou mais cedo com a sua corrida e perdeu preciosos pontos na luta pelo quinto posto.
DePuniet voltou a cair, aliás o piloto Francês continua a ser um piloto que cai imenso, sempre o foi e continua a ter uma tendência enorme para sofrer quedas. Comprometeu desta maneira o titulo de o melhor das CRT.
Bradl não seu deu bem e também caiu, tal como Silva, Edwards e Rolfo que caiu mesmo antes de interromperem a corrida.

Em Moto3, Miguel Oliveira voltou a estar bem, num circuito que era novo para ele e conseguiu ser quinto, perdendo o quarto posto por pouco. A moto do Português continua a sofrer de uma velocidade de ponta fraca nas rectas, mas a corrida sem ser extraordinária foi boa e amealhar pontos é o que tem de fazer. De qualquer maneira não deixo de estar muito preocupado com o futuro do jovem piloto. Está numa optima equipa, mas pelos visto para o ano não vai alinhar nesta equipa. A questão é onde vai alinhar o Português. Não vai ser fácil alinhar numa estrutura tão boa. Só espero que resolva tudo pelo melhor e alinhe numa boa equipa, com uma moto competitiva para estar para o ano a lutar pelas vitórias, já que tem andamento para isso.
O titulo de Moto3 está entregue ao Alemão Sandro Cortese. O piloto fez uma excelente corrida vencendo e merecendo o titulo, mesmo se beneficiando do estranho abandono de Viñales da sua equipa, nem alinhando nos treinos e regressando logo a Espanha. Primeiro perde o apoio da Repsol e depois uma grande confusão com a sua equipa. Vamos ver no que vai dar.
Ainda uma palavra para a grande homenagem que todo o paddock efectuou a Marco Simoncelli. Todos se deslocaram ao fatídico local onde o piloto Italiano perdeu o ano passado a vida e lhe prestaram uma sentida homenagem. É bom não esquecer Simoncelli, tal como Tomizawa, Kato e outros.

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