Depois do cancelamento das sessões de treino agendadas para ontem, o curso da penúltima etapa do Campeonato do Mundo de MotoGP permanece atípico. Miguel Oliveira que, à semelhança dos outros pilotos, rodou apenas hoje no circuito de Twin Ring Motegi, terminou a qualificação na 18.ª posição, recolhendo o máximo de informação possível numa sessão atípica, em que a afinação foi prioritária face aos tempos.
A situação climatérica irregular, que já havia obrigado a Direção da Corrida a cancelar os primeiros treinos previstos, desencadeou necessariamente uma ausência de contacto prévio dos pilotos com o circuito antes da prova de qualificação. Miguel Oliveira, começa por referir que: “o dia foi bastante atípico, tal como todo o fim-de-semana”.
Ao contrário do piso seco que se espera para domingo, a chuva forte, que tem caído intensamente de forma quase ininterrupta nos últimos dias, foi a responsável por um traçado com uma acumulação de muita água, que mais uma vez influenciou o normal curso dos trabalhos: “Tive apenas a qualificação durante estes dois dias, tendo sido com o piso molhado. Durante o treino senti-me sempre pouco confortável com a moto nestas condições, tendo condicionado o resultado final”, explica o piloto português.
Mais do que uma preocupação primordial com a gestão de tempos, Miguel Oliveira aproveitou hoje o momento para um primeira adaptação à pista, extraindo conclusões importantes para a próxima fase: “O positivo é que agora sabemos que as condições da corrida serão diversas, pelo que teremos de tirar o máximo proveito da sessão alargada de domingo para afinarmos a moto”, confessa.
Devido à ausência de treino livres, o warm-up de amanhã será substituído por sessões de 40 minutos que permitam aos pilotos habituarem-se ao circuito e prepararem-se para a corrida posterior. A decisão procura colmatar os impedimentos anteriores, através de uma alteração da ordem de trabalhos, que privilegie uma maior oportunidade de contacto com o traçado a todos.
Miguel Oliveira está motivado para a grande disputa no Japão. O único piloto português em competição pretende continuar a lutar pelo melhor resultado, recolhendo o máximo de informação possível para um desempenho positivo: “Estou confiante para amanhã apesar de sair da sexta linha, pois temos uma afinação base muito estável. Terei que recuperar algumas posições, mas tentarei fazê-lo com precaução e tendo como objetivo recolher o máximo de pontos, com o intuito de consolidar a 6.ª posição no campeonato”, conclui.
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