Jorge Lorenzo assinou mais uma vitória e uma grande vitória no Gp de Misano. Depois de Stoner ter dominado os treinos, Jorge assumiu o comando na primeira curva para não mais o largar. Stoner ainda andou colado ao campeão do mundo, mas não teve ritmo e até perdeu o segundo lugar para Pedrosa.
Com isto e num circuito onde a potência não é muito importante, a Yamaha foi a melhor moto e Lorenzo recuperou alguns pontos, sendo agora a diferença de 35 pontos.
O interesse da corrida esteve centrado na luta pelo quarto posto entre Simoncelli, Dovizioso e Spies. Rossi ainda andou com este grupo, mas começou a ter problemas de aderência e resolveu assegurar o sétimo posto. Mas de cortar a respiração foram as últimas voltas entre o grupo do quarto posto. Pela primeira vez este ano, Simoncelli venceu Dovizioso e deu-me a entender que já voltou a correr com o coração, embora sem nunca ter arriscado demais ou ter sido demasiado agressivo. Para Dovizioso foi um péssimo resultado, já que quando tem o lugar nas Hondas oficiais em jogo, esta corrida em nada veio abonar a seu favor. Antes da corrida Dovi falava que queria recuperar pontos a Lorenzo, para tentar chegar-se ao segundo posto, mas acho que tem de se preocupar mais com quem vem atrás do à frente.
Bautista fez uma boa corrida mais uma vez com a Suzuki, mas não estava muito animado.
Hayden conseguiu finalmente dar uma volta completa em corrida, mas não deu muito mais que isso, já que há segunda volta caiu e abandonou. Capirossi também não terminou a corrida com problemas.
O mundial fica assim mais relançado, mas não acho que esteja ameaçado. Stoner queixou-se de problemas físicos com o jet lag e com falta de descanso, mas era esperado mais do Australiano e a desculpa não convenceu muita gente.
O que é certo é que vamos entrar em pistas onde Casey é muito forte. É se era forte com a Ducati, com a Honda este ano, deve ser ainda mais. De qualquer maneira Lorenzo ganhou um mais confiança e animo e poderá estar mais perto de Stoner a ir terminando no pódio.
Os pilotos da Yamaha voltaram a experimentar a 1000cc, mas o circuito de Misano não é o mais indicado para toda a potência das novas motos. Os testes foram animadores, mas nada de extraordinário. Relembro que a 1000cc da Yamaha se encontra ainda numa fase muito prematura de desenvolvimento.
Por falar em fase prematura de desenvolvimento, nessa fase, ou ainda à procura de uma "fase", anda a Ducati. A marca esteve em Mugello a testar à porta fechada e pouco ou nada se soube. Soube-se que Rossi rodou um dia inteiro, efectuando 82 voltas e que caiu uma vez. Especulações sobre um quadro em alumínio e tudo mais foram levantadas, mas o que é certo é que não há nada certo ou assegurado da parte da marca de Bolonha.
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