Estoril - MotoGP - Corrida: Stoner bisa

Casey Stoner voltou a ganhar e dominou o Estoril. Fez a pole, no warm-up, foi mais rápido do que nos treinos e na corrida liderou até vencer, passando agora a liderar o campeonato. O Australiano está imparável e volta a ganhar, tal como em Jerez, num circuito que não lhe era favorável, padecendo ainda de arm-pump e vibrações na sua Honda. Se mesmo com isto tudo está a vencer, nem quero imaginar o que vai ser, quando recuperado do braço e se a Honda consegue resolver os problemas de vibração. Acho que Lorenzo está bastante mais preocupado do que estava no inicio do campeonato. O Espanhol pensava que iria estar muito mais perto de Stoner, mas acho que está a realizar que está realmente longe e precisa de melhorar muito a sua Yamaha. É certo que vai estar sempre muito perto e qualquer erro de Stoner vai ser bem aproveitado por Lorenzo, mas Stoner volta a mostrar que em termos de rapidez, não há pai para ele e quanto mim, gere muito melhor as corridas.

A corrida em si, não teve motivos de interesse. Todos os pilotos correram em fila indiana e apenas algumas ultrapassagens. Na frente Stoner dominou sempre, com Lorenzo sempre perto e Pedrosa igualmente. Mas quando a meio Lorenzo começou a chegar-se a Stoner, voltou-se a pensar que o Australiano estava com problemas e iria haver luta, mas quando o fim se aproxima, Stoner ligar o turbo, afasta-se e deixa mais uma vez Lorenzo sem qualquer hipótese de resposta. Ou seja, domina desde inicio, dá algum alento a quem o segue, mas depois vai embora, desarmando o adversário. Foi a reeita em Jerez e voltou a funcionar aqui no Estoril.
Cá para trás, a luta pelo quarto lugar foi entre as suas Yamahas da equipa Tech3 e desta vez Dovizioso bateu Crutchlow, que rodou sempre colado a Andrea, mas cometeu alguns erros e nunca o conseguiu passar. A luta entre estes dois pilotos está bem acessa, com algumas trocas de palavras entre ambos.

Bautista rodou sempre isolado na sexta posição e em sexto terminou, na frente de a melhor Ducati, desta vez de Rossi. Valentino ainda tentou chegar-se a Bautista, mas depressa viu que não era possível e segurou o sétimo lugar, a melhor classificação até agora. Mas mostrava-se mais contente, não com o lugar, mas a maneira como conseguiu planear a corrida e ir melhorando a sua Ducati. Diz que se sente novamente um piloto de motos, lento, mas piloto. A marca está a concentrar-se numa entrega mais dócil do motor e já que os testes de hoje foram cancelados devido à chuva (mais uma vez), vão ter de esperar mais para testar as novas soluções.
Ben Spies parece que está na Ducati, mas não, continua a conduzir uma Yamaha oficial, mas os resultados não surgem e mais uma vez, uma má corrida, com muitos erros pelo meio foram o espelho da corrida, que se saldou num oitavo posto. Ficou na frente de Bradl que esteve discreto, mas continua a ganhar experiência.

Barbera fechou o top ten, na frente de Hayden, que teve bastantes problemas electrónicos na sua Ducati. Ao que parece a electrónica estava "baralhada" e quando por exemplo o piloto estava na lenta chicane, a electrónica "pensava" que a moto estava na recta da meta e a potência surgia toda de uma vez, causando graves problemas ao Americano.

Espargaro foi a melhor CRT, depois de animada luta com um combalido Puniet, que aproveitaram da melhor forma a ausência de Edwards, que fracturou a clavícula esquerda e vai ser operado em Barcelona já hoje.

Daqui a 15 dias há mais, e rezo para que haja mais emoção, mais ao estilo das moto2, onde as corridas são de cortar a respiração. Marquez é um fenómeno a pilotar, um regalo para vista mesmo e só tenho pena que não esteja já nas MotoGP, mas para o ano lá vai estar.